Ontem eu e meu filhinho de 1 ano passamos por uma situação ABSURDA, INACREDITÁVEL
DE DESRESPEITO E AGRESSIVIDADE que por pouco não culminou em agressão física em
mim e no meu filho.
E isso tudo ocorreu num corriqueiro vôo da ponte aérea, Rio-SP por
comissários da Companhia Aérea GOL do vôo 1521, que saiu do Rio as 11h10, da quarta-feira, 23 de Maio.
Viajo no mínimo uma vez por mês para São Paulo. Como
muitas vezes viajo sozinha com meu filho, o carrinho do tipo guarda-chuva é o
meu grande aliado, já que é permitido ir com ele até a porta do avião para
embarcar, e, no desembarque ele também é entregue na porta do avião. Ou seja,
seu uso é indispensável para a mamãe que além da mochila com seu notebook, tem
que carregar a bolsa do bebê mais um bebezão de 1 ano e 2 meses que ainda não anda, pesa cerca de 16kg e ainda mama no peito.
Fiz o check-in acompanhada do meu marido que me levou até o aeroporto.
Despachei uma mala grande e o atendente etiquetou o carrinho guarda-chuva e
duas malas de mão, a bolsa do bebê e a mochila com o notebook.
Já sozinha, não tive dificuldades para passar pelo raio-x. Enquanto eu
segurava meu filho, prontamente me ajudaram a fechar o carrinho para passar na
esteira.
Me dirigi ao portão 8 para o embarque. Fui uma das primeiras a entrar.
Fui com o meu bebê no carrinho até o finger, na porta do avião. Enquanto
tentava segurar as bolsas e o meu filho e fechar o carrinho, umas 15 pessoas ja
tinham entrado. Nenhum comissário apareceu para perguntar se eu precisava de
ajuda.
O carrinho ficou do lado de fora, como de costume, aguardando, o
funcionário da companhia pega-lo para guardar. Fiquei de olho para ver se não esqueceriam, mas logo vi um funcionário levando-o para o porão.
O “sorridente” comissario Noberto me recepcionou com um “educado” Bom
Dia! Para guardar as bolsas no bagageiro tive que pedir ajuda, pois nenhum dos
comissarios se manifestou para tal.
O võo transcorreu sem maiores dificuldades. Meu filho mamou boa parte do
trajeto. Quarenta minutos depois aterrisamos em SP. Antes de abrir a porta da
aeronave o comissario Norberto pergunta se eu tinha carrinho. Respondo
positivamente e ele me informa que vai solicitar que tragam o carrinho para a
porta do avião.
Fico aguardando. Estranho a demora mas continuo esperando. Todos os
passageiros saem e, lá continuo com meu filho. Levanto e digo que a espera não
é normal. Ele me tranquiliza e diz para eu não me preocupar que logo o carrinho
vai chegar.
Avião vazio. Chega tripulação do próximo vôo. |
Algumas funcionárias chegam para limpar o avião. Chega um novo
comandante e lá estou com meu filho já impaciente.
Limpeza no avião |
Cerca de 15 minutos depois chega uma funcionária da GOL e informa que
o carrinho estava na esteira da bagagem e que eu deveria me dirigir até lá.
Eu disse que trouxe o carrinho porque não tinha condições de carregar
meu filho de 16 kg (que ainda não anda) mais duas bagagens de mão. Disse ainda
que tinha (tenho) uma hernia de disco e que por isso iria aguardar no avião até
a chegada do carrinho.
Calmamente sento-me com meu filho no colo e digo que só saio dali com o
carrinho na porta do avião, seja o meu ou outro qualquer. Sugiro até que peçam
os carrinhos que a TAM disponibiliza aos seus passageiros.
A funcionária insiste para que eu saia do avião e diz que não vai trazer
o carrinho. Óbvio, que depois de tanto tempo de espera e ainda ouvir que, por
erro deles, vou ter que andar com as malas e um bebezão no colo, alterei o tom
de voz.
Peço desculpas por gritar mas digo que não saio da aeronave sem o
carrinho. Com a troca da tripulação e já agitada para ir embora, foi então que
essa funcionária começou a gritar com o dedo no meu rosto. Digo para parar a
gritaria pois estou com um bebê assustado no colo. Afim de me intimidar e fazer com que eu saia da aeronave, o comissário Norberto junta-se a ela e os dois vêm para cima de mim
e do meu filho com o dedo em riste, que continuo sentada na primeira fileira com o meu filho no colo.
É INACREDITÁVEL a situação!!! Grito para sairem de perto pois estão
assustando o meu filho e eles não saem, continuam me encurralando na poltrona. Meu
filho, assustado, começa a chorar. Tenho um momento de lucidez e abro a bolsa e pego meu celular e digo que
vou filmar o absurdo que eles estão fazendo. Imediatamente eles param tudo e vão
para o lado de fora da aeronave, fugindo da filmagem.
O comissário me ameaçou dizendo que iria chamar a Polícia Federal. Eu
disse para chamar, pois eu mesma iria até lá quando saisse dali.
Só depois de eu dizer que estava filmando, finalmente surge o comandante (não o do meu vôo, o do próximo vôo) para tentar resolver a situação. Repito para ele que não tenho condições de
sair sozinha sem carrinho, com bolsas e filho no colo. Falo que só saio do
avião com o carrinho ou com alguém que me ajude a levar as bolsas que eu mesma
levo meu filho no colo.
Surge a “brilhante idéia” de usar uma cadeira de rodas para levar meu
filho. Falei que a cadeira pode levar as bolsas e eu levo o meu filho colo,
pois aquilo não é apropriado para um bebê.
Apesar da proposta absurda de levar um bebê na cadeira de rodas, o comandante foi o único a propor uma solução. Bebê na cadeira de rodas NÃO! Mas ok para as malas. |
Saio da aeronave e o comissário que quase me agrediu finge que nada
aconteceu. Braços cruzados, queixo para cima...posição de galo para briga!
No meio do trajeto até a esteira surge um
funcionário com o carrinho do meu filho.
A funcionária que levou a cadeira de rodas me
ajudou a pegar a bagagem. Lá fora minha mãe me aguardava. Fui na Polícia
Federal e o atencioso delegado me ouviu estarrecido com a maneira que fui acuada (viu as filmagens) e me orientou.
Fui até o Juizado Especial de Pequenas Causas e
decidi entrar com um processo contra a GOL por danos morais. Ligaram para a
companhia para que um representante da GOL viesse propor um acordo, mas ninguém
atendeu. Dentro de 1 mês devo ser chamada para uma audiência.
Agora que passou, vejo o quanto eu fui forte em meio a essa agressividade gratuita! Qual mãe gosta de chorar na
frente do filho? Já viu como eles se desesperam!!! Só fui desabar quando
comecei a contar na PF o que havia ocorrido. Mas me mantive forte em todo
estante dentro da aeronave com aquela “matilha” partindo para cima de mim e do
meu filho. Fiquei encurralada na poltrona com dois insanos gritando e com o
dedo no meu rosto e no do meu filho.
Ir com o carrinho até a porta do avião é um
direito das Mães. As companhias permitem que seja desta forma. Se o comissário demorou
a pedir o carrinho e por isso o carrinho foi para esteira não é um problema
meu. Eles deveriam ter proposto uma solução. Deveriam ser treinados para
auxiliar as pessoas e não dificultar, agindo de uma maneira totalmente
despreparada.
Em nenhum momento xinguei ou tratei com
desrespeito os funcionários da GOL. Apenas disse que não aceitaria essa
situação e me recusei a sair da aeronave.
Em todos os vôos que peguei com meu filho isso
nunca ocorreu. Até mesmo em vôos da GOL. Ao aterrisar eles sempre perguntam se
estou com o carrinho e me informam que vão pedi-lo. E sempre o carrinho surgiu
antes de todos os passageiros sairem.
Isso não teria sido um transtorno enorme se
esses funcionários soubessem abordar a situacão. Não me ofereceram alternativa,
não me ofereceram ajuda para levar as bolsas!!!
Que tratamento é esse para uma mãe com um
filhinho no colo? Que agressividade é essa com uma pessoa que tem um bebê no
colo????
Ainda amamento meu filho. Só espero que esse
estresse de ontem não afete essa relação de alimento e carinho que mantenho com o meu filho.
Não desejo que nenhuma mãe passe por essa
situação, ainda mais com o filho no colo sofrendo também toda essa agressividade. Mas
se acontecer, não deixe de tentar punição contra os agressores.
Uma coisa é certa: vou até o fim para que a
companhia e os comissários sejam punidos.
Um pedido oficial de desculpas já valeria,
junto com a certeza de um treinamento adequado para que nenhum funcionário
volte a agir dessa forma. Mas como muitas empresas só sentem e entendem a punição
quando colocam a mão no bolso, que assim seja.
Segunda-feira volto para o Rio e já estou com
passagem comprada pela mesma companhia. Vai ser difícil me sentir novamente segura com
meu filho.
2 comentários:
lastimável uma atitude como a relatada. um desrespeito!
Que absurdo meu Deus! Sei q mesmo passado tanto tempo a lembrança permanece, não tem como esquecer, um abuso, uma falta de humanidade e amor com o próximo... lastimável!
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